Quando se fala de confissão
e absolvição, ninguém melhor que Jesus para servir de exemplo para a prática da
confissão e absolvição. Conhecedor do coração de todos os homens, Jesus pode de
maneira prática consolar com o perdão por palavras. Isso é mostrado na Bíblia
em Mt 9.2 e Jo 8.10-11.
Durante a história da Igreja
Cristã, o foco da confissão e absolvição se desviou nos séculos que procederam a
Reforma, daquilo que era ensinado nos primórdios da igreja. Passou a ser obra
meritória e não graça de Deus para com o ser humano. Já após a reforma o
reformador insistiu na sua prática, pois ele viu na confissão e absolvição
individual um recurso na preservação da doutrina da Igreja Cristã e um
melhoramento na cura d’ almas (pastor).
Na realidade, as palavras da
ordem de Jesus, ao instituir o Ofício das Chaves, nos mostram que as Chaves
pertencem a toda a congregação e a cada membro da congregação cristã. Por
conseguinte, este poder é designado para a reconciliação privada dos irmãos na
fé, bem como para a admoestação e consolação fraternas. Essa prática é muito
importante e deveria ser praticada pelas comunidades cristãs.
Por isso a teologia luterana
tem em alto valor a confissão e absolvição individual devido a sua doutrina. E
neste ensino destaca-se a cura d’ almas como meio de providenciar consolação,
perdão, fortalecimento, conselho e instrução. A presença da congregação local,
no exercício do Ofício das Chaves, assegura a presença e ação de Deus na vida
da pessoa.
Portanto, a existência da
congregação local, com seu ofício ministerial, é a base para a prática da
confissão individual. E é na congregação que este ministério da conciliação
efetivamente está baseado, assegurado, sustentado e precisa ser exercitado. No
entanto não se deve deixar de lado a relação fraternal entre todos os membros
da igreja.
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